A ciência está ampliando o conhecimento sobre biorritmos. Sabe-se que para várias funções orgânicas existe o que cientistas chamam de “ritmo do sétimo dia”. Algo ocorre em nosso corpo em certas circunstâncias no sétimo dia do evento, seja uma cirurgia, transplante ou liberação de hormônios. Precisamos desse tipo de biorritmo.
Dr. Halberg do Laboratório de Cronobiologia da Universidade de Minesota, nos Estados Unidos, é um líder na pesquisa de biorritmo naquele país. Em colaboração com outros cientistas de várias nações, ele documentou o ritmo do sétimo dia no ser humano. (Halberg F., and E. Halberg. Conceptualization and Validation of a Circaseptenary Clinospectral System. Abstracts, Second International Conference on Immunopharmacology, Sheraton Park, Washington, D.C., July 5-10, 1982, 340-341.)
Monitoraram os batimentos cardíacos de um homem durantes vários meses enquanto ele permanecia em um ambiente totalmente isolado com todas as condições controladas e nada do mundo exterior poderia interferir com seus ritmos internos corporais. Quando os dados foram analisados, seu coração mostrou claramente um ritmo do sétimo dia. (McCluskey, E.S. Light-Dark Cycle Entrainment of Circadian Rhythms in Man. The Biologist 65:17-23, 1983.)
Usando-se poderosos métodos de computadores, um grupo de cientistas analisou cuidadosamente modelos de produção de hormônios esteróides coletados da urina de um homem saudável durante um período de 15 anos. Os resultados das análises hormonais mostraram que a excreção desses hormônios também ocorria num ritmo do sétimo dia. (Halberg, F., M. Engeli, C. Hamburger, et al. Spectral Resolution of Low-Frequency, Small-Amplitude Rhythms in Excreted 17-Ketosteroids; Probably Androgen-induced Circaseptan Desynchronization. Acta Endocrinológica. Suppl. 103:5-53, 1965.)
Outro grupo de pesquisadores estudou mais de 70 homens jovens que tiveram um ou mais dentes molares extraídos. Cada dia após a cirurgia, suas faces e maxilares foram medidos cuidadosamente. É de se supor que o edema (inchação) na face diminuiria nos próximos dias após a cirurgia para a extração dos dentes. Mas isso não ocorreu. Verificou-se a presença de um ritmo do sétimo dia quanto à inchação local. (Pollman, L. and G. Hildebrandt. Long-Term Control of Swelling After Maxillo-Facial Surgery: A Study of Circaseptan Reactive Periodicity. Inter. J. Chronobiology, 8:105-114, 1982.)
Observou-se também que em várias cirurgias de transplante de rim ocorre esse ritmo de sete dias, já que se verificou que a rejeição ocorria após sete dias da operação. (De Vecchi, A., F.Halberg, R.B. Sothern, et al. Circaseptan Rhythmic Aspects of Rejection in Treated Patients with Kidney Transplants. Inter. J. Chronobiology, 5:432, 1978.)
Esse tipo de biorritmo é chamado de “circaseptano”, também encontrado em macacos, cachorros, ratos e outros organismos. Isso parece revelar que o ritmo do sétimo dia é um mecanismo normal existente na fisiologia de organismos vivos.
Alguns cronobiologistas crêem que esse tipo de biorritmo – o do sétimo dia – pode revelar que os organismos precisam de uma certa pausa como um estímulo para continuarem vivendo.
Durante a Revolução Francesa (1789-1799), cientistas seculares tentaram revolucionar a semana de sete dias, instituindo uma semana de dez dias. Foi um caos. O matemático e senador La Place teve um papel importante em restaurar o modelo anterior dos sete dias na semana. Simplesmente não funcionou!
Na Bíblia, em Gênesis 2:1-3, está escrito:
“Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.”
E o líder Moisés, pioneiro em medicina preventiva e melhoras sociais, escreveu:
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.” (Êxodo 20:8-11)
Aliás, esse é o quarto mandamento da Lei de Deus - o único que descreve quem é o Deus dos outros nove mandamentos.
Que paralelo fantástico entre as Escrituras Sagradas e a moderna ciência! Sabemos hoje que um dos componentes para redução do estresse é um descanso semanal, a ênfase na importância da dimensão espiritual do ser humano e as práticas naturais de saúde. Jesus foi totalmente científico quando disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” (Marcos 2:27) Ele falava desse biorritmo há 2000 anos atrás e do amor de Deus em preparar um dia de descanso, de reflexão, de serviço espiritual especial e de culto ao Criador dos Céus e da Terra.
(Bernell Baldwin, Ph.D., professor de neurofisiologia e fisiologia aplicada no Wildwood Lifestyle Center and Hospital, pesquisador e articulista do The Journal of Health and Healing.)
2 comentários:
Cada vez mais me conveço da santidade do sábado e que de fato foi deixado por Deus para nos trazer alivio das lutas do cotidiano. Agraço a Ele por ter lembrado de mim quando estava criando tudo.
Ótimo o texto, muito convincente e confirmador sobre a guarda do Sábado. Apenas uma correção. Não foi Moisés quem escreveu os Mandamentos, e sim DEUS. Moisés apenas os recebeu e os levou ao povo de Israel.
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