quinta-feira, dezembro 28, 2006

Novo ano, novos desafios

Cada novo ano é uma nova oportunidade de crescimento. Nada melhor, então, do que aproveitar este fim de ano para refletir no ano que passou, agradecer a Deus pelas vitórias, aprender com os erros, traçar planos e tomar decisões.

2007 provavelmente trará para você novas chances, novas amizades, novas descobertas... mas também trará novos desafios, novos problemas, novas "pedras". A grande questão é: Como lidaremos com tudo isso? "Transforma em degraus as pedras em teu caminho" - é o conselho que li certa vez e tenho procurado seguir a cada ano.

Porém, sem a ajuda de Deus, nada disso é possível. Só Ele pode reverter problemas em bênçãos, pois Ele “age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam” (Romanos 8:28). Ao lado de Deus, seu sucesso no próximo ano já está garantido, acredite!

Por isso, meu desejo para você em 2007 não poderia ser diferente. Que você ore mais, estude mais a Palavra de Deus, ajude mais as pessoas a encontrarem esse Deus maravilhoso. Que você caminhe com Ele todos os dias do novo ano, usufruindo do oásis que é a comunhão diária com Deus. E, assim, que você desfrute da paz, da alegria e do verdadeiro amor, que só aqueles que estão realmente ligados à Fonte da vida podem obter!

Feliz ano novo! É o que desejo a você e à sua família de todo o coração!!

Marily Sales dos Reis

terça-feira, novembro 14, 2006

Não se preocupe...

Outro dia, eu estava ansiosa por causa de um problema, quando li o seguinte pensamento: "A preocupação não põe fim aos problemas de amanhã; apenas mina a força que temos hoje". Que puxão de orelha!

Por que será que gastamos tanto tempo, tanta energia, tantos neurônios com preocupações? Não seria muito melhor se seguíssemos o conselho do grande Mestre? "Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir (...). Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal." (Mateus 6:25, 33, 34; NVI).

É óbvio que isso não significa largar mão dos planos, dos sonhos e do esforço pessoal. Afinal, como a Palavra de Deus também diz, devemos fazer sempre o máximo possível (Eclesiastes 9:10). Mas, note, apenas o máximo possível. Certas coisas simplesmente não estão ao nosso alcance. Só Deus pode realizá-las.

Isso é confiar em Deus: ficar tranqüilo mesmo quando estamos com problemas, dúvidas ou expectativas. Quer ver um exemplo bem prático disso? Clique aqui.

Que Deus o ajude a descansar hoje nos Seus braços e desfrutar da paz que só Ele pode dar!

Um grande abraço.

Marily Sales dos Reis

sexta-feira, novembro 10, 2006

Diferenças

Mahatma Gandhi, líder hindu, afirmou que "orar não é pedir. Orar é a respiração da alma. Como o corpo que se lava não fica sujo, sem oração se torna impuro". O apóstolo Paulo foi direto ao ponto e definiu, inspirado por Deus, que o melhor é "orar sem cessar" (I Tessalonicenses 5:17). A oração, essência da comunhão divina, é uma luta diária do cristão bíblico por dedicação de tempo tanto em qualidade como em quantidade.

Ano de 2006. Em uma grande cidade um rico empresário acorda às 6 horas para mais um dia de intenso trabalho em uma das maiores corporações do planeta. Mentalmente, ele já sabe que terá diversas reuniões de negócios agendadas, milhares de tarefas a desempenhar, ordens a serem dadas aos subordinados e um mundo financeiro a gerenciar.

Séculos atrás. Na antiga região do Oriente Médio, um homem humilde acorda de madrugada para mais um dia de intenso trabalho em uma das mais importantes atividades de todos os tempos. Mentalmente, ele já sabe que terá diversos encontros com doentes, desanimados, desesperados, deprimidos, invejosos e inimigos, dará milhares de orientações e falará de Deus milhares de vezes. Ele tem um mundo a ensinar espiritualmente.

Ano de 2006. O rico e atarefado empresário toma o desjejum rapidamente, lê notícias no seu notebook pela internet e segue para o trabalho. Só deu tempo de ajeitar o paletó para a primeira reunião marcada às 8 horas. Nem viu seus filhos saírem para o colégio. Muito menos a esposa.

Séculos atrás. O pobre e atarefado líder medita com Deus acerca do dia que terá à frente. Só então se sente apto a iniciar o dia de trabalho.

Ano de 2006. Depois de um dia de muitas tribulações, o empresário retorna para casa e continua trabalhando. Permanece envolvido com as atividades de sua corporação até finalmente não ter mais forças físicas, já por volta das duas horas da manhã, quando então adormece e somente então desliga o telefone celular e todos os outros equipamentos que o mantêm conectado ao ambiente empresarial. Dorme vestido com seu terno mesmo.

Séculos atrás. Depois de um dia cheio, em que participou da multiplicação de pães e peixes para uma faminta multidão que o escutava, entre outras atividades, o líder entra no barco com seus discípulos mais próximos, despede a multidão e sobe ao monte para orar sozinho à parte.

A questão da comunhão está ligada diretamente à necessidade de dedicar tempo ao que consideramos de maior importância. Sem desculpas por vivermos em tempos modernos, quando a velocidade é justificativa para todo o tipo de ato impensado e irrefletido. Se entendermos que o relacionamento com Deus é valioso, então teremos tempo para isso. E tempo de qualidade. Jesus é o grande exemplo de como ter uma comunhão qualificada.

Cristo ensinou que não precisamos de repetições cansativas, orações formais que cumprem regras litúrgicas, nem inúmeros pedidos por futilidades. Ensinou, sim, que a oração é a ciência de aproximação com Deus, não porque Ele precise nos conhecer, mas porque precisamos conhecê-Lo profundamente. Antes mesmo de pensarmos em algo que julgamos necessário a nossa vida, Deus já sabe dessa necessidade e vai atendê-la conforme Sua santa e perfeita vontade.

Tome tempo para ler vários trechos dos evangelhos que mencionam os momentos em que Jesus estava falando de oração ou mesmo orando. E pense nesses instantes como momentos de poder em que Cristo se colocava inteiramente nas mãos divinas para ser um instrumento. Não há um segredo impressionante para o sucesso espiritual de Sua missão, que Jesus estivesse escondendo a sete chaves. De joelhos dobrados, Ele foi vitorioso. E a promessa é que também temos esse poder à disposição. Ou será que estamos muito ocupados para ouvir a voz divina?

Felipe Lemos, jornalista, mantenedor do blog Realidade em Foco (www.felipelemos.blogspot.com), comentarista da Rede Novo Tempo de Rádio e colaborador da Revista Adventista.

quinta-feira, novembro 02, 2006

A força da convivência

Ser jovem nos dias de hoje não é nada fácil. Talvez em nenhuma outra época da história tenha sido tão difícil. As prateleiras dos maus pensamentos e maus hábitos estão cheias e nos aguardando em cada esquina da vida. Não precisamos andar muito para ser desafiados e colocados em prova: ligamos a TV e lá está o “mundão” a nos sugerir (quase impondo) seu estilo de vida; giramos o dial do rádio e (descontando algumas raras estações) só encontramos músicas sem sentido para quem procura viver um estilo de vida cristão; acessamos a internet e, se não formos bastante objetivos, esbarramos em lixo de toda espécie.

De fato, a tentação está aí. Satanás sabe que dispõe de pouquíssimo tempo e está usando suas últimas e mais poderosas “cartas” para enredar o maior número possível de pessoas. Parece até um contra-senso João ter escrito que nós, jovens, somos fortes (ver I João 2:14) quando, na verdade, na maioria das vezes nos sentimos como um mosquito no olho de um furacão.

Mas, ao mesmo tempo em que o sentimento de impotência frente às insinuações do maligno é algo perfeitamente normal para nós – meros mortais dependentes –, é digno de nota o fato de Deus ter registrado nas Escrituras Sagradas a história de jovens que, como todos os demais de todas as épocas, passaram por provas aparentemente impossíveis de ser vencidas.

E, mesmo vivendo em dias tão probantes, temos que admitir que as dificuldades pelas quais alguns jovens da Bíblia passaram excedem em muito àquelas pelas quais passamos. Afinal, o que é um vestibular no sábado, a vontade de usar uma roupa insinuante, uma garota ímpia e sedutora, uma leitura ou filme impróprios e atrativos, um copo de cerveja etc., comparados ao fato de ser separado da família e levado cativo por um povo estranho e pagão, ameaçado de morte numa fornalha ardente, ser tentado por uma jovem mulher casada quando ninguém está olhando... “Ah, mas eles eram jovens santos, especiais”, pode dizer ou pensar alguém. Mas lembre-se: “O que homens fizeram, homens podem fazer.” Eram jovens santos, sim. Mas sujeitos às mesmas tentações e carentes das mesmas necessidades básicas que nós. Qual o segredo deles, então?

A vitória e seus segredos

Se houve um jovem que poderia reclamar do que a vida lhe reservou, esse era José. Era um garoto mimado e “acostumado à ternura dos cuidados de seu pai” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 215). Tinha tudo o que queria. Mas um dia a calamidade bateu-lhe à porta. Os irmãos, enciumados, venderam-no a uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade.

No Egito, foi novamente vendido – dessa vez ao oficial do Faraó e capitão da guarda, Potifar. E os problemas de José estavam apenas começando.

Imagine-se naquela situação. Arrancado do lar paterno e levado para uma terra estranha – e como escravo. Mesmo assim, na casa de Potifar, “José não se envergonhava da religião de seus pais, e não fazia esforços para esconder o fato de ser adorador de Jeová” (Ibidem, p. 216).

Esse era o segredo de José: fidelidade a Deus e aos ensinos de seus pais. Mesmo assim, isso não o isentava de problemas. Acusado de assédio pela esposa de Potifar, foi levado ao cárcere (teria sido morto se Potifar acreditasse na esposa infiel). Uma vez mais o jovem hebreu tinha motivos para reclamar de Deus. Mas não. Deixou-se usar por Ele lá na prisão também. Deu bom testemunho mesmo naquela situação difícil. E, tempos depois, reconhecidas suas capacidades e retidão de caráter, o faraó lhe disse: “Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo” (Gênesis 41:40).

Tremenda guinada! De escravo encarcerado a governador. E aí se vê que aquele jovem realmente mantinha uma viva união com o Céu, pois seu caráter “resistiu de modo semelhante à prova da adversidade e da prosperidade” (Ibidem, p. 222). Quando pobre, fez de Deus seu maior tesouro. Quando rico e poderoso, podendo dar lugar à vingança e usufruir de todos os prazeres concebíveis, pensou apenas no bem que poderia fazer ao povo e em como poderia honrar o nome de seu Deus.

Um jovem de valor, fiel em todas as circunstâncias e, no entanto, essencialmente igual a qualquer outro, inclusive a você.

Fidelidade recompensada

Daniel e seus três amigos hebreus viveram momentos semelhantes aos de José. Foram igualmente feitos cativos por um povo pagão, os babilônios. Em Babilônia, foram submetidos às mais diversas tentações e venceram, mesmo em face da morte.

O segredo? “Três vezes ao dia [Daniel] se punha de joelhos, orava e dava graças diante do seu Deus” (Daniel 6:10). Além disso, sabia que “nada há mais apropriado para fortalecer o intelecto do que o estudo das Escrituras” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 90).

Oração aliada ao estudo da Bíblia. A fórmula é antiga, mas não existe outra. Aqui reside a fonte de poder para vencer o mal. Se essas duas coisas não lhe são espontâneas ou agradáveis, peça a Deus para o ajudar. Lembre-se do jovem Daniel e de que “ele foi brilhante exemplo daquilo que os homens podem chegar a ser quando unidos com o Deus da sabedoria” (Ellen White, Santificação, p. 19).

Ellen White, no livro Mensagens aos Jovens, p. 349, diz ainda que jamais poderemos “conseguir um bom caráter só com o desejá-lo. Isto só poderá ser obtido mediante labor”. Atenção às pequenas coisas, temperança no viver, desviar-se do mal pelo poder de Deus, fazer da Bíblia nossa leitura número um e da oração um hábito prazeroso – eis nosso “labor” diário, o segredo da vitória, se quisermos de fato vencer.

Transformado pela convivência

Quantas vezes nos damos conta de estar falando ou agindo de modo semelhante ao das pessoas com as quais convivemos mais intimamente. Isso é perfeitamente natural. Cônjuges, com o tempo, acabam se assemelhando em muitos aspectos (passei a gostar mais de manga e de animais graças à minha esposa). É o resultado da convivência.

João era um jovem muito nervoso. Fora até apelidado de “Filho do Trovão”. Ai daquele que se atravessasse em seu caminho nos maus dias. Mas quando conheceu a Cristo, algo interessante foi acontecendo. João “se achegava a Jesus, sentava a Seu lado, recostava-se-Lhe ao peito. Assim como a flor sorve o orvalho e a luz, bebia ele da luz e vida divinas. Contemplou o Salvador em adoração e amor, até que a semelhança de Cristo e comunhão com Ele se tornaram seu único desejo, e em seu caráter se refletiu o caráter do Mestre” (Ellen White, Educação, p. 87). De Filho do Trovão a Discípulo do Amor!

Convivência. Essa é a solução para os nossos defeitos de caráter. “Todas as nossas esperanças atuais e futuras dependem de nossa relação com Cristo e com Deus” (Ellen White, Review and Herald, 19 de agosto de 1909). Buscar a vitória sobre o pecado sem a comunhão com Cristo é tentar o impossível. À medida que nos aproximamos de Jesus, vamos sendo paulatinamente transformados à Sua semelhança.

Jovens como Timóteo, Ellen White, Loughborough, Andrews e outros, tiveram também suas duras experiências na vida, mas venceram. Seria redundante mencionar o segredo da vitória deles, pois foi o mesmo de João, Daniel e José: amizade íntima com Cristo.

Lembro-me com tristeza de um jovem chamado William, que ajudei a levar a Cristo. Foi emocionante ver como ele abraçou a verdade de forma tão empolgada. Leu o livro O Grande Conflito em pouco tempo, gostava de fazer a Lição da Escola Sabatina e acompanhar-me em estudos bíblicos. Mas com o tempo algo foi acontecendo. William não tinha mais tanto prazer em assistir aos cultos e voltou a se associar aos antigos amigos “de fora” da Igreja. Como eu fazia faculdade em outra cidade, nos víamos pouco. E William acabou abandonando a Igreja.

Na última vez que nos encontramos, ele me disse o seguinte: “Sinto-me como uma formiga fora do formigueiro.” E ele estava certo. Aqueles que um dia conheceram a verdade e tiveram um vislumbre – por menor que seja – da Pessoa maravilhosa de Jesus e O abandonaram, ainda que não admitam, jamais serão felizes. Devem voltar a Cristo ou, do contrário, serão “formigas fora do formigueiro”.

Se você que está lendo este artigo se sente longe de Cristo (quer esteja na Igreja ou não), lembre-se: seres humanos como você, hoje e no passado, venceram e vencem pela convivência diária com Cristo. Volte-se para Deus agora. Peça-Lhe perdão e forças para vencer. Seja um jovem de valor, pois o Senhor tem grandes planos para você.

Michelson Borges, jornalista, mestrando em Teologia pelo Unasp e mantenedor do blog www.michelsonborges.com

domingo, outubro 29, 2006

"Não tenho tempo..."

"Muitos que alcançam o sucesso social, intelectual e financeiro não alcançam o sucesso em ter qualidade de vida. Eles têm tempo para todos, mas não para o que lhes dá prazer e para as pessoas que amam. Perdem sua singeleza à medida que se atolam nas atividades. Mendigam o pão da alegria". Essa realidade, descrita por Cury, no livro 12 Semanas para Mudar uma Vida, p. 65, retrata muito bem a sociedade materialista em que vivemos.

Como típica paulistana, essa também sempre foi minha tendência. Vivia diariamente num ritmo frenético, fazendo cursos e mais cursos, trabalhando, enchendo-me de atividades, até que senti na pele (ou mais especificamente no estômago) os resultados de minha intemperança. Com uma esofagite diagnosticada, como conseqüência do estresse, de repente me vi obrigada a mudar urgentemente meu estilo de vida - ou eu dava um jeito nele ou ele dava um jeito em mim. Preferi optar pela primeira opção antes que fosse tarde demais. É claro que não foi fácil abrir mão de certas coisas, como meu curso de pós-graduação em tradução na USP e outras atividades que me pareciam essenciais naquele momento. Mas, sem dúvida nenhuma, foi a melhor escolha.

Hoje, apesar de estar longe da loucura de São Paulo, ainda sou muitas vezes tentada a retomar a rotina agitada de antes. Como é fácil não ter tempo para nada – para o descanso, para os amigos, para a família e, principalmente, para Deus... Quando me dou conta, minha vida está uma bagunça e, mais uma vez, sou obrigada a parar, respirar fundo, refletir e reorganizar minhas prioridades. Você já viu essa história antes?

É nessas horas que lembro de Jesus – uma celebridade, que vivia cercada de multidões, mas sempre tinha tempo para o que havia de mais importante na vida. Mesmo após se tornar “um homem púbico, uma estrela social”, o Mestre dos Mestres conseguiu preservar a simplicidade e a sensibilidade. Nada lhe passava desapercebido – os lírios do campo, as criancinhas, os pássaros, enfim, tudo que havia de mais belo na natureza física e na natureza humana era alvo de Sua contemplação. Contemplar o belo – essa era a sua especialidade. E o mais incrível: “Pelas dificuldades da vida e pelos estímulos estressantes que atravessou, era de se esperar que desenvolvesse uma personalidade ansiosa, irritada, intolerante. Mas quando abriu a boca ao mundo, nunca se viu alguém tão dócil e sereno” (Ibidem, p. 63).

Não seria maravilhoso ser como Jesus? Conseguir contemplar a beleza das coisas mais simples, ter tempo para dar amor e atenção para as pessoas à sua volta, ser dono de si mesmo em grandes focos de tensão, sentir e transmitir paz apesar das situações estressantes do dia-a-dia? Você gostaria de ter essa qualidade de vida? Então preste atenção no segredo de Jesus:

“Sua felicidade encontrava-se nas horas em que estava a sós com Deus e a Natureza. Sempre que Lhe era concedido esse privilégio, afastava-Se do cenário de Seus labores, e ia para o campo, a meditar nos verdes vales, a entreter comunhão com Deus na encosta da montanha ou entre as árvores da floresta. O alvorecer freqüentemente O encontrava em qualquer lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras, ou em oração” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 62). (Veja também Mateus 14:23).

Parece mágica, mas, quando temos tempo para Deus, tudo muda. Nosso tempo se organiza e até se multiplica. Passamos a ter mais tempo para amar, observar, refletir, descansar. O dia é mais produtivo. Sentimo-nos mais alegres, tranqüilos e capazes de lidar com os problemas. É fantástico! Só mesmo experimentando para entender...

E, por falar nisso, você já fez sua “hora tranqüila” hoje?

Marily Sales dos Reis

quinta-feira, outubro 19, 2006

O que o relacionamento íntimo com Deus pode fazer por você

Fizemos uma pesquisa para a revista Conexão Jovem, para descobrir como está o relacionamento dos jovens com Deus. Estes são alguns dos testemunhos que recebemos. Para conferir os depoimentos na íntegra, clique aqui.

“É prazerosa a sensação de saber que Deus terá o controle do nosso dia. Algumas vezes, acordo triste por causa de algum problema, mas, ao ler os versos da Bíblia, me animo para começar um novo dia.” (Lara de Jesus Lima, 20 anos, Goiânia - GO)

“Sempre fui muito ansioso e, depois que comecei [a hora tranqüila], minha ansiedade diminuiu drasticamente. Além disso, saber que Deus nos ama mais do que tudo e ter um relacionamento com Ele nos dá uma força incrível, para suportar momentos de tristeza, solidão e dor. Também é significativa a força que se adquire contra a tentação, a mudança de hábitos nocivos etc. É bom lembrar que tive bênçãos materiais, como a aprovação em concurso, emprego novo etc.” (Bruno Flavio Carmo Lopes, 21 anos, Brasília - DF)

“As bênçãos são incontáveis! Muitas vezes, tive respostas incríveis às minhas orações, respostas instantâneas a orações intercessórias. Outras vezes, lembrei de textos bíblicos na hora em que precisei testemunhar. Isso também dá forças para vencer muitas tentações, paz de espírito e razão para viver! (Denise Martins Machado, 24 anos, São Paulo – SP)

“Não basta ir todo final de semana à igreja. O inimigo tem trabalhado muito contra nós, tomando o nosso tempo e sempre apresentando novas teorias e mentiras, que têm confundido muito as pessoas que não estão sempre revisando as Escrituras em busca da verdade.” (gdalpiva@yahoo.com.br, 25 anos, Lages – SC)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Seja um discípulo de verdade!

Acabo de ler a história da mulher samaritana na Bíblia e no livro O Desejado de Todas as Nações, e não pude me conter com tantas coisas maravilhosas. Na verdade, são várias as lições que aprendi, mas quero falar apenas sobre uma: cristianismo prático.

Há alguns anos, algo começou a me incomodar. Estudava diariamente a Bíblia, ia à igreja regularmente e estava sempre envolvida nas atividades da igreja, inclusive em cargos de certa responsabilidade. Mas não me sentia feliz. Na verdade, os cargos, a leitura da Bíblia e todas as responsabilidades cristãs eram um grande fardo para mim. Era triste admitir, mas era essa a realidade. Eu não tinha coragem de verbalizar meus sentimentos para ninguém, mas lá dentro, no meu íntimo, sentia um grande vazio que nada conseguia preencher. Quando ouvia aqueles lindos testemunhos de conversão, sentia um aperto no coração, porque o que eu mais queria era ter algo assim, significativo, para contar.

Comecei então a me questionar: Onde estava o problema? Por que, mesmo fazendo tudo “direitinho”, continuava me sentindo assim? Por que não tinha prazer nas coisas de Deus? Por que não tinha coragem nem vontade de falar dEle para os outros? Será que, sendo adventista “de berço”, eu poderia ter algum testemunho importante para contar? Como eu poderia testemunhar se minha religião era monótona e sem vida? Como poderia falar do poder de Deus se eu não o sentia na minha vida? Que tipo de cristã era eu, afinal?

Hoje entendo que “aquilo” que me incomodava era o Espírito Santo, tentando me fazer enxergar minha triste condição. Graças a Deus, percebi a tempo a religião insignificante que eu estava vivendo. Percebi que não podia simplesmente viver a religião dos meus pais ou dos meus irmãos da igreja. Precisava urgentemente ter minha própria experiência com Deus, minhas próprias convicções. Foi então que comecei a fazer diariamente minha "hora tranqüila", manter meu "contato imediato" com Deus, ou seja, meu culto pessoal. Não como antes, de forma legalista e automática, apenas para cumprir um requisito. Mas com fervor, espontaneamente e para conhecer realmente a Deus.

Foi assim que aquela religião comum e insignificante se transformou num cristianismo real e vibrante. Hoje entendo que antes eu não podia testemunhar com eficácia porque, primeiro, eu precisava ter um encontro de verdade com Jesus. Afinal, não podemos dar o que não temos. Por isso, agora posso dizer que entendo perfeitamente a atitude daquela mulher samaritana. Segundo a Bíblia, o encontro que ela teve com Jesus foi tão marcante que ela não pôde se conter. Tal foi a pressa para contar sua experiência para os amigos que ela até esqueceu o jarro de água. Isso que é entusiasmo, isso que é testemunho, isso que é cristianismo prático! Resultado: “Muitos samaritanos daquela cidade creram nele [em Jesus], em virtude do testemunho da mulher” (João 4:39). Que testemunho poderoso!

Existe uma frase de Ellen White, uma escritora inspirada por Deus, que mexe muito comigo: “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 195). Aí está uma dica para descobrirmos se somos realmente verdadeiros discípulos ou não: disposição para testemunhar de Jesus.

Amigo, se a sua história se parece com a minha, cuidado! Não se acomode! Não deixe que o “tempo de igreja” acabe com sua vibração, com sua alegria, com seu fervor! Não se deixe levar pela letargia que está invadindo a igreja! Não seja um cristão apático! Nasça de novo! Beba da Água da Vida! Tenha um encontro com Jesus – e não apenas um, mas vários, diariamente, sempre! Enfim, seja um discípulo de verdade! Só assim você poderá cumprir a missão que Deus lhe confiou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:19, 20). Que Deus o ajude!

Marily Sales dos Reis

(Texto publicado na Revista Adventista de fevereiro de 2007)