sexta-feira, dezembro 19, 2008

A fonte da felicidade

Tendo nascido num lar cristão, desde cedo aprendi a importância de orar e estudar a Bíblia. Costumava fazer uma rápida oração antes das refeições, antes de dormir e no momento de leitura da Bíblia. Até cargo na igreja eu tinha aos 11 anos de idade. Sem falar nos concursos bíblicos - dificilmente alguém me superava. Para os irmãos da igreja, eu era a cristã perfeita. Para os adultos, a filha que todo pai gostaria de ter. Para meus colegas adolescentes, a “certinha”. Para mim, porém, uma pessoa vazia e infeliz.

Como muitos jovens de 18 anos, eu tinha lá meus problemas emocionais. Descobri, no entanto, que a solução não seria simplesmente fazer terapia, superar traumas ou mesmo encontrar o homem da minha vida. Teria que encontrar (ou reencontrar) o Senhor da minha vida! Mas dessa vez sem formalidades ou superficialidades. Não mais como obrigação, e sim como opção, como a solução para a crise existencial que vinha sugando minhas forças e minha vontade de viver.

Foi quando descobri a “hora tranqüila”. Seguindo o exemplo de Jesus, comecei a separar diariamente alguns minutos para abrir não apenas a Bíblia, mas minha alma perante Deus. No começo, não foi fácil, pois eu simplesmente não conseguia verbalizar meus sentimentos. Além disso, a linguagem da Bíblia e dos livros de Ellen White, que eu usava para aprofundar meu estudo, era um tanto complicada. E havia também outros empecilhos, como a preguiça, a falta de um lugar tranqüilo e a aparente falta de tempo, que o inimigo desesperadamente colocava à minha frente, na tentativa de me desviar do caminho que me levaria à fonte da felicidade.

Realmente, foi um longo processo, cheio de curvas e tombos, mas Deus não me desamparou. Lembro que, certa vez, em prantos e não vendo resultados rápidos e práticos, orei, e a resposta que Ele me deu foi: “Não tenha medo. Agüente firme e veja o livramento que o Senhor fará hoje para você” (ver Êxodo 14:13). Que promessa! Era tudo o que eu precisava, o suficiente para restaurar, naquele momento, a paz e a esperança em meu coração.

Depois daquela resposta, as coisas não mudaram de repente na minha vida, como um “passe de mágica”. Esse é um processo gradual. Hoje, por exemplo, ainda tenho momentos de tristeza, é claro. A diferença é que esses momentos estão se tornando cada dia mais passageiros e incapazes de destruir minha paz e alegria. E sabe por quê? Porque agora tenho uma experiência diária, verdadeira, íntima, vibrante e pessoal com Jesus!

Agora procuro prevenir em vez de remediar, tendo minha comunhão pessoal com Deus diariamente, porque sei que a “experiência de ontem não me salvará das provações de hoje” (Jim Hohnberger, Fuga Para Deus, p. 60). Agora não fico escondendo de Deus os meus erros, porque finalmente O conheço de verdade e sei que posso abrir o coração a Ele como a um amigo (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 93). Agora não sou mais aquela cristã apática de antes, sem vontade de estudar a Bíblia, ir à igreja ou testemunhar, porque descobri um cristianismo vibrante e contagiante. Agora não me chamo cristã simplesmente porque herdei essa religião dos meus pais, mas porque descobri, por experiência própria, que a melhor escolha é seguir a Cristo.

A Palavra de Deus afirma: “Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança a vossa força” (Isaías 30:15). Graças a Deus, muitas outras pessoas também estão praticando a hora tranqüila e desfrutando das mesmas bênçãos. E você, o que está esperando?

Marily Sales dos Reis

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Marly, adorei o seu blog eo seu testemunho também. Eu tenho três filhos(13, 17, 18 anos)e as vezes percebo que eles vão a igreja por que eu insisto com eles. Mas quão importante é que cada um tenha uma experiência pessoal com Deus, através dos momentos a sós com Deus, quando estudamos a bíblia e falamos com Ele através da oração. sem isso, com certeza seremos cristão infelizes e apáticos.
Ha! Visite meu blog e deixe um comentário.
um abraço fraterno!